Trabalho de Formiguinha
Ontem estava lendo um livro e uma passagem em particular me chamou a atenção. Tal parte falava sobre como ainda somos infantis e imaturos em relação a como conduzir nossas vidas. Segundo o autor, prefirimos crer em soluções fantasiosas povoadas por heróis e atos de coragem sublime que simplesmente aceitar o fato de nossa salvação está no trabalho de “formiga” diário (me refiro a salvação moral sem me ater a qualquer aspecto religioso).
Muitos crêem na visão do sacrifício heroíco. Acreditam que podem seguir a vida sem se preocupar, pois em determinados momentos irão se expor a um esforço homérico e tudo estará salvo. Esses esforços, por exemplo, são as tolas crenças de que basta ir a igreja que a “dívida” estará paga, que o sofrimento extremo leva o ser a purificação de seus atos, e todo esse tipo de besteirol. Eu discordo completamente disso, pois reforça a tese que “uma vela compra sua tranquilidade moral”. Esse mesmo tipo de gente, vive uma vida de contradições, porém, como vão sempre a algum lugar, ou fazem um gesto de doação, ou algo do gênero, tudo fica bem e é como se nada tivesse acontecido. Mas ao serem fechados no transito não hesitam em gritar impropérios, não sedem um lugar no metrô para um idoso (chegam fingir que estão dormindo), são racistas ao extremo, traem suas esposas, etc.
Para mim, a liberdade e paz advêm das pequenas coisas, dos pequenos exercícios diário imperceptível. Creio que seja a hora de abrirmos mão desta visão de grandiosidade e esforços herculanos e começarmos a ver que um bom caminho é prestar atenção no minimo. Um bom começo pode ser dar bom dia ao seu vizinho.
http://andrefonseca.wordpress.com/2008/04/30/trabalho-de-formiguinha/
Quando fui convidada por dois secretários para pleitear um lugar na Câmara dos Vereadores, pensei muito em mim: Será que vale a pena eu me expor dessa maneira, eu não nasci pra isso, vou virar motivo de chacotas e piadinhas etc.....
Mas o meu querer mudar, foi mais forte!
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