Ortorexia nervosa significa literalmente “fixação pela ingestão de alimentos saudáveis”. Ela geralmente tem início de forma inocente. A pessoa começa a comer de maneira mais saudável e vai desenvolvendo uma obsessão pela qualidade e pela pureza dos alimentos que ingere, tornando-se cada vez mais preocupada com o que comer, o quanto comer e com os “deslizes” na alimentação.
A rigidez é a marca deste novo estilo de alimentação. Cada dia se torna uma oportunidade para “comer corretamente apenas alimentos considerados saudáveis” e para se auto-punir caso não consiga seguir exatamente o estilo rígido proposto. As auto-punições variam entre jejuns, restrição alimentar ou excesso de exercícios físicos.
A auto-estima é baseada na pureza dos alimentos consumidos e estas pessoas se sentem superiores aos outros no que diz respeito à ingestão alimentar.
Eventualmente, as escolhas alimentares se tornam tão restritas em variedade e caloriasque a saúde sofre – uma ironia para pessoas tão dedicadas a uma alimentação saudável. A obsessão com a alimentação saudável atrapalha outras atividades e interesses, prejudica as relações afetivas e se torna física e psicologicamente perigosa.
A ortorexia é um transtorno alimentar?
Ortorexia é um termo criado por Steven Bratman para descrever sua própria experiência com comidas e alimentação. Não é um transtorno alimentar reconhecido oficialmente, mas é semelhante a outros distúrbios alimentares como a anorexia nervosa e a bulimia. Os anoréxicos e bulímicos mostram obsessão por peso ecalorias e os ortoréxicos são obcecados pelos alimentos saudáveis (não é uma obsessão por ser magro ou perder peso).
Por que alguém se torna um ortoréxico?
A ortorexia parece ser causada por uma preocupação excessiva com a saúde, mas há motivações subjacentes como o medo de ter problemas de saúde, compulsão por ter o controle completo de uma situação, fuga defobias, desejo de ser magro, melhora da auto-estima, busca de espiritualidade através dos alimentos e o uso da alimentação como busca de identidade.
Será que eu tenho ortorexia?
Considere as questões abaixo. O maior número de respostas afirmativas fala a favor da ortorexia.
Você gostaria que, ocasionalmente, pudesse apenas comer e não se preocupar com a qualidade dos alimentos que ingere?
Você já desejou que pudesse gastar menos tempo com comida e mais tempo em outras atividades?
Faz parte das suas habilidades apenas comer uma refeição preparada por alguém que você ama – uma única refeição – sem pensar em tentar controlar o que é servido?
Você está constantemente procurando entender os motivos pelos quais os alimentos podem não ser saudáveis para você?
Trabalho, amor, diversão, criatividade estão em segundo plano, após a importância de uma dieta saudável, na sua vida?
Você se sente culpado ou com raiva quando abusa na dieta ou mesmo comete um pequeno deslize no seu planejamento alimentar?
Você se sente no controle quando come apenas alimentos considerados saudáveis?
Você já se sentiu melhor do que outras pessoas ao imaginar que você come adequadamente e não consegue entender como os outros podem comer determinados alimentos como fast food, enlatados, biscoitos gordurosos, etc.?
Você está dizendo que não é bom ter uma dieta saudável?
Seguir uma dieta saudável não significa ter ortorexia e não há nada errado em ter hábitos alimentares saudáveis. A menos que isto esteja ocupando uma enorme quantidade de tempo e atenção da sua vida, que isto afaste você de pessoas queridas e de seu trabalho, que você se sinta culpado por ingerir comidas não tão saudáveis esporadicamente, ou seja, que sua alimentação seja usada para que você fuja de problemas que precisa enfrentar na vida.
A dieta dos ortoréxicos pode realmente ser insalubre. Os problemas nutricionais dependem de qual dieta cada um impõe a si mesmo.
Os problemas sociais são mais evidentes. Um ortoréxico pode ser socialmente isolado, muitas vezes por planejar sua vida em torno da comida. Ele pode ter pouco espaço na vida para outra coisa além do planejamento da ingestão de alimentos, pode perder a capacidade de comer de forma intuitiva – não saber mais quando tem fome, o quanto precisa comer ou quando está satisfeito.
Qual é o tratamento da ortorexia?
O primeiro passo é admitir o problema, o que pode ser extremamente difícil de ser notado pela pessoa com esta condição. Depois é necessário observar o que está causando esta obsessão. Pode haver questões emocionais envolvidas no problema.
Mesmo a ortorexia não sendo uma doença que um médico vai diagnosticar, por não estar reconhecida oficialmente, discutir essas questões com um psicólogo ou um psiquiatra pode ajudar muito, principalmente se ele tem a prática de atender pessoas com outros transtornos alimentares.
Pessoas que ficaram livres desta condição ainda comem de maneira saudável. No entanto, sabem reconhecer a diferença entre hábitos alimentares saudáveis e a obsessão pela qualidade da comida que ingerem. Eles descobrem que, enquanto comer é importante, isto é apenas um aspecto da vida e há coisas mais valiosas a fazer.
quinta-feira, 24 de março de 2011 - Atualizado em segunda-feira, 30 de setembro de 2013
ABC.MED.BR, 2011. Ortorexia nervosa. O que é?. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2014
Data de Cadastro: 05/11/2014 as 12:11:35 alterado em 07/11/2014 as 16:11:23
NUTRIÇÃOPublicação é mais um instrumento para combater a obesidade e o avanço das doenças crônicas no Brasil. Mais da metade da população está acima do peso
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (5/11) o novo Guia Alimentar para a População Brasileira. A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes). O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional de Saúde, em Brasília.
A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o país, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer. Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.
“Mais do que um instrumento de educação alimentar e nutricional, o guia se insere dentro da estratégia global de promoção da saúde e do enfrentamento e do excesso de peso, que já atinge mais da metade da população brasileira. A carga de doença associada à obesidade é imensa. Para sair da agenda da doença, precisamos trabalhar pela melhoria da alimentação e incentivar a prática de hábitos saudáveis. Não estamos proibindo nada, mas temos recomendações claras de qual alimento priorizar”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006 - quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
Redigido em linguagem acessível, o Guia Alimentar se dirige às famílias diretamente e, também, a profissionais de saúde, educadores, agentes comunitários e outros trabalhadores cujo ofício envolve a promoção da saúde da população. A versão impressa do documento, com 151 páginas ilustradas, será distribuída às unidades de saúde de todo o país, e a versão digital estará disponível no portal do Ministério da Saúde.
O Guia orienta as pessoas a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação em redes de fast food eprodutos prontos que dispensam preparação culinária (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas). Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas), utilizando-os, preferencialmente, como ingredientes ou parte de refeições. Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.
Destaque especial é dado também às circunstâncias que envolvem o ato de comer, aconselhando-se regularidade de horário, ambientes apropriados e, sempre que possível companhia. O ideal é desfrutar a alimentação, evitar a refeição assistindo à televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais.
PREPARAÇÃO DO ALIMENTO - O novo guia também busca valorizar a culinária, e indica o planejamento das refeições e interação social, com o envolvimento de amigos e família na elaboração da comida. “No Brasil e em muitos outros países, a transmissão de habilidades culinárias entre gerações vem perdendo força”, admite a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e responsável pela coordenação geral do projeto de elaboração do Guia Alimentar, Patrícia Jaime. “Por isso, o Guia Alimentar dedica uma parte importante de suas recomendações à valorização do ato de cozinhar, ao envolvimento de homens e mulheres, adultos e crianças nas atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições e à defesa das tradições culinárias como patrimônio cultural da sociedade”, enfatiza.
AMBIENTE SUSTENTÁVEL - O Guia Alimentar foi produzido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde e substitui a versão anterior de 2006. O processo de elaboração envolveu profissionais de saúde, educadores e representantes de organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil. A conclusão contou ainda com o resultado de uma consulta pública que envolveu 436 participantes e recebeu 3.125 comentários e sugestões.
O novo guia dá grande importância às formas pelas quais os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aqueles cuja produção e distribuição seja socialmente e ambientalmente sustentável como os alimentos orgânicos e de base agroecológica.
Conheça os dez passos para uma Alimentação Adequada e Saudável:
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
Limitar o consumo de alimentos processados
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
Saiba quais são os diferentes tipos de alimentos:
Alimentosin natura: essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.
Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.
Alimentos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.
Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.
Por Fabiane Scchmidt Atendimento à imprensa – Ascom/MS (61) 3315-6261
Entrevista realizada pelo
jornalista Antônio Coquito, em 2012, com Irene Cardoso, na época
vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (A.B.A.). Hoje,
Cardoso é presidente da ABA.
Diante da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), o Plano Nacional de Agroecologia, o novo
Código Florestal e os desafios de produção alimentar focados na
sustentabilidade socioambiental, Antônio Coquito conversou com a professora
Dra. Irene Maria Cardoso, hoje, presidente da Associação Brasileira de
Agroecologia - ABA. Na entrevista, ela aprofunda as análises sobre
agroecologia, as condições viáveis de produção sustentável, a qualidade de
alimentos e a necessidade da ciência da nutrição fazer uma crítica aos seus
paradigmas.
Cardoso é formada em agronomia, fez
mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa
(UFV) e doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade de Wageningen -
Holanda (2002). Atualmente é professora associada da UFV, atuando
principalmente nas temáticas da agricultura familiar, agroecologia, sistemas
agroflorestais e meio ambiente.
Para a professora, o modo de
produção de alimentos com base agroecológica reflete uma relação de amor do ser
humano com a natureza e as pessoas. “Precisamos reconstruir os nossos
pensamentos – que se traduz em uma ação política – focada na mudança de
mentalidade, no que se refere à produção de alimentos”, destaca Cardoso.
1: O que diferencia a agroecologia
do agronegócio?
IRENE CARDOSO: Na agroecologia,
buscamos a redução do uso de insumos externos e a regulação natural do
agroecossistema, garantida pela biodiversidade. O agronegócio é um modo de
produção baseado na monocultura, nas grandes extensões (em alguns casos
pequenas extensões de terra), no uso intensivo de insumos externos
(agrotóxicos, sementes transgênicas, sementes híbridas, uso intensivo de adubos
químicos e moto mecanização).
2 : O que significa ter o modelo de
produção de alimentos focado na agroecologia?
Irene Cardoso: Um dos maiores significados da
produção agroecológica é a produção de alimentos com qualidade. Na agroecologia
convive-se com a biodiversidade, gerando vários serviços ambientais, que vão
permitir produzir melhor e com mais variedades. Não há predominância de
monoculturas.
Ao trabalhar com os agrotóxicos, o
agricultor trabalha com a morte. A vida dos trabalhadores no campo se torna
mais difícil quando não se tem a qualidade no ambiente, afetada pelo excesso de
contaminação. Por mais que se utilizem todos os equipamentos de proteção
individual, ainda assim ocorre contaminação, prejudicando sua saúde, dos seus familiares e do meio
ambiente.
3. A agroecologia pode ser
considerada um caminho de volta aos princípios da agricultura e da produção de
alimentos?
IRENE CARDOSO: Não é um caminho de volta. É um
caminho pra frente. A história de voltar ao passado é interessante. Voltamos ao
passado para buscar os elementos que contribuam para construir o novo.A agroecologia, quer a valorização do conhecimento do
agricultor e se propõe a buscar os sistemas tradicionais para promover a
criação do novo. As práticas agrícolas
atuais, com a industrialização da agricultura, romperam com a forma de produção
que não utilizar tantos insumos..
Precisamos promover a agricultura com base na natureza (uso da biodiversidade,
manejos dos resíduos, uso de produtos naturais etc),
4 Como os profissionais de nutrição
podem contribuir para o incentivo e defesa das práticas agroecológicas,
potencializando a alimentação saudável?
IRENE CARDOSO: Primeiro é preciso fazer uma
autocrítica profunda a vários paradigmas do conhecimento da nutrição. Segundo,
fazer uma avaliação do que contém nos alimentos industrializados - de como é
processado, dos conservantes e da própria qualidade destes allimentos. Junto
disto, promover a valorização dos alimentos tradicionais, alimentos in natura e
de outras formas de processá-los. As escolas de nutrição deveriam assumir o
papel formador no debate da agroecologia, fazendo uma volta ao passado,
resgatando o conhecimento do agricultor, das avós etc. Valorizando e trazendo
esse saber à luz do conhecimento científico. Eu não vejo o conhecimento tradicional sobre os alimentos
sendo valorizado dentro da ciência da nutrição.
5.Sendo uma proposta coerente, que
une ser humano e meio ambiente, o que é preciso fazer para torná-la prática na
agricultura brasileira?
IRENE CARDOSO: São três as mudanças
necessárias: o consumidor, o agricultor e as políticas públicas. 1. O consumidor precisa exigir um produto que
promova a vida, e não que produza morte com a contaminação pelo uso de
agrotóxico. No Brasil, mais de 80% (oitenta por cento) dos alimentos contém
resíduos de agrotóxicos como cita a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Algumas contaminações acima do permitido pela lei e outras com produtos já
banidos nos Estados Unidos e Europa. Estes agrotóxicos são produzidos com
incentivo financeiro e em muitos locais são pulverizados com avião o que
aumenta o risco de contaminação. Os consumidores precisam buscar alternativas
de aquisição de alimentos com qualidade, buscando as feiras de produtos
agroecológicos, comprando produtos direto do agricultor, construindo redes de
consumidores e participando dos movimentos em defesa da agroecologia. 2. O
agricultor deve deixar de produzir com agrotóxicos e produzir de forma
agroecológica e para isso ele precisa de incentivos. Há várias experiências no
Brasil e pelo mundo afora que provam que é possível produzir sem agrotóxicos, de
forma agroecológica. É preciso resgatar, valorizar e reconhecer estas
experiências. 3. A política pública precisa criar mecanismos para apoiar as
experiências existentes e ampliá-las. Para isto é preciso, entre outras coisas,
qualificar a assistência técnica e extensão rural e apoiar as pesquisas agroecológicas. O CNPq e a FAPEMIG (no caso
de Minas Gerais) podem-se, por exemplo, elaborar editais específicos para a
pesquisa e projetos de pesquisa em interface com a extensão com foco
agroecológico. As escolas e
universidades precisam rever os ensinamentos sobre agricultura. .
6: Como os governos e gestores
(federal, estadual e municipal) podem assumir e incentivar a agroecologia como
prática de segurança alimentar e sustentabilidade?
IRENE CARDOSO: Fazendo políticas
públicas e desenvolvendo ações articuladas nas esferas federal, estaduais e
municipais que façam avançar as práticas agroecológicas. O governo federal
precisa também proibir todos os agrotóxicos já proíbidos em outros países;
cortar todos os incentivos dado à produção dos agrotóxicos; e proibir a
pulverização aérea dos agrotóxicos. É
preciso promover incentivo à agricultura familiar de base agroecológica, por
exemplo, os governos municipais devem apoiar a implantação da Política Nacional
de Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). É preciso
apoiar a A agricultura familiar, pois ela
produz o alimento que consumimos e, ainda contribui para a balança
comercial.
7. Quais as mudanças que a
agroecologia coloca na pauta das agendas políticas, econômicas, sociais e
ambientais?
IRENE CARDOSO: Temos várias questões na agenda
nacional para o incentivo à agroecologia.
Recentemente foi lançada a Política Nacional de Agroecologia e Produção
Orgânica e atualmente está em desenvolvimento o Plano Nacional. É preciso criar
condições para que os os agricultores
possam produzir de forma agroecológica (crédito, assistência técnica, pesquisa,
produção de tecnologias voltadas para a agroecologia). Uma outra questão importante é a necessidade
da reforma agrária. Não tem como fazer agroecologia se o agricultor não tiver
autonomia. E ele não tem autonomia se não tem a terra para trabalhar. Há ainda
, o embate com o agronegócio. Hoje temos grandes extensões produzindo em
monocultura e com o uso intensivo de insumos, inclusive agrotóxicos e isto não
é bom para a saúde das pessoas e do planeta. Temos que discutir também a
questão do limite da propriedade no Brasil, não é possível conviver com tantos
latifúndios.
Ana Cláudia Cardoso criou bebida para driblar tempo seco e quente. Aprenda a fazer o suco que e é diurético e rico em vitaminas.
Fernanda ResendeDo G1 Triângulo Mineiro
Suco é diurético e rico em vitaminas (Foto: Ana Cláudia/Arquivo Pessoal)
Com as temperaturas em alta, registradas nos últimos dias em Uberlândia, nada melhor do que procurar alternativas para driblar o calor e se refrescar. Pensando nisso, a nutricionista Ana Cláudia Cardoso criou o suco "Inchaço longe de mim".
Segundo ela, no calor as pessoas se sentem mais inchadas, pois a retenção de líquidos está mais presente. “Isso ocorre por causa da vasodilatação das veias, mecanismo de defesa do corpo para favorecer a troca de calor com o ambiente. Dessa forma, o organismo controla a pressão arterial”, disse.
Para compor o suco e deixar essa sensação de lado, Ana Cláudia escolheu as frutas morango, amora e laranja. A bebida, segundo ela, além de deliciosa é nutritiva e diurética.
A nutricionista explicou que o morango é uma fruta muito rica em vitaminas, principalmente a C, e tem propriedades antianémicas e restauradoras. A fruta ajuda nos problemas de retenção de líquidos, ou seja, é diurética.
A amora, de acordo com Ana Cláudia, contém grandes quantidades de antocianinas, que são poderosos antioxidantes que ajudam a reverter os danos celulares causados pelos radicais livres, e são úteis na prevenção de doenças cardíacas, câncer e derrames.
Já a laranja é conhecida por ser rica em fibras e vitamina C, além de ter as vitaminas A, B e E. A fruta é muito usada nas dietas e tem um poder de saciedade devido ao alto teor de fibras solúveis (pectina). A nutricionista ainda afirmou que a fruta é útil na redução do colesterol e na prevenção de inchaços.
Três frutas compõem a bebida criada pela nutricionista de Uberlândia (Foto: Ana Cláudia/Arquivo Pessoal)
Aprenda a fazer o “Inchaço longe de mim”
Ingredientes
- 1 copo de 300ml de água gelada;
- 1 xícara café de amora congelada;
- 5 morangos congelados;
- 1 laranja cortada ao meio sem sementes;
- 1 colher sobremesa de açúcar cristal (opcional)
Modo de preparo
Colocar todas as frutas no liquidificador juntamente com a água. Após bater bem, adoce com o açúcar (opcional) e o suco está pronto. Rende dois copos. Não coar o suco, pois as fibras podem fazer falta.
Brasileiro
está comendo mais açúcar, gordura e sal
(*) Por: Antônio
Coquito
O brasileiro come mal quando se refere à qualidade
nutricional. As consequências da má alimentação são o crescimento de doenças
como câncer, cardíacas, diabetes, hipertensão, obesidade, dentre outras. Cerca
de 70% (setenta por cento) da população faz suas refeições em bares,
restaurantes, lanchonetes e nos locais de trabalho e estudo. A realidade pode
ser constatada na pesquisa sobre a Análise do Consumo Alimentar Pessoal no
Brasil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
COMO COMEMOS
Café da manhã, lanches
rápidos, almoço e jantares. A vida cotidiana força à “alimentação na rua”. Os
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Ministério
da Saúde (M.S.), na Pesquisa Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no
Brasil - Pesquisa de Orçamento Familiar (POF-2008-2009) mostram mudanças
significativas no hábito alimentar. As opções arroz, feijão, café, sucos,
refrigerantes e carnes bovinas continuam tendo seu lugar nas opções de
alimentos.
A radiografia do hábito alimentar, constatada na POF,
preocupa ao apontar o crescimento do consumo de açúcares, gorduras e sódio.
Traduzindo, aumentou a ingestão de biscoitos recheados, salgadinhos, pizzas,
doces e produtos com alto teor calórico e com insignificantes valores nutricionais.
No contraponto, cerca de 90% (noventa por cento) dos brasileiros não consomem
frutas, legumes e verduras como orienta o Ministério da Saúde (M.S). Somando-se
a ingestão de cálcio, vitamina D e Vitamina E, que tem sido extremamente baixo.
DADOS ALIMENTARES
O IBGE junto com o MS
sinalizam que os hábitos dos brasileiros que vivem nas cidades concentram-se
em: salgados fritos ou assados (53,5%), pizza (42,1%) e sanduíches/hambúrgueres
(41,8%). Ao lado destes dados, outros números preocupantes são os de bebidas em
excesso. Os consumo de bebidas destiladas (50%) e de bebidas não alcoólicas
(47,9%). Já para a população que vive no meio rural, os dados apontam: sorvete
(56,3%), pizza (52,6%), salgados fritos e assados (48,4%), bebidas destiladas
(26,4%), refrigerantes diet-light (31,5%) e para o regular (36,5%)
Na zona rural, segundo informações do IBGE/MS,
há grande consumo de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca,
manga, tangerina, peixes frescos, peixes salgados e carnes salgadas. Porém, nas
cidades, os alimentos em alta são os prontos para o consumo e/ou processados
como o pão de sal, biscoitos, iogurtes, vitaminas, sanduíches, salgados fritos
e assados e pizza. Além destes, os refrigerantes, sucos e cerveja.
As informações acima
se somam aos dados recém divulgados pela pesquisa Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2011
- que confirma a necessidade de mudanças nos hábitos alimentares. Os dados da
pesquisa Vigitel chamam a atenção para 49% da população brasileira com excesso
de peso, configurado no alto consumo de refrigerantes e alimentos gordurosos.
COMPORTAMENTO ALIMENTAR
O Instituto Data
Popular averiguou o perfil do brasileiro que se alimenta fora de casa. De 65,3%
da população, a classe C representa o maior percentual (54,6% ). Seguindo, a
classes DE (20,6%) e as classes AB (19,4%). Almoço, lanche, jantar e café da
manhã. Nesta ordem estão as refeições feitas pelos brasileiros.
No conjunto das
refeições, o almoço tem a maior concentração de pessoas. O fato se deve à
jornada de trabalho, que obriga com que a opção seja feita em ambiente externo
à moradia. Do universo da pesquisa, as classes DE correspondem a 69,5%. A
classe AB (69,2%) e a C (68,1%) realizam refeições fora do domicílio.
Os lanches são a
segunda refeição com maior percentual. A classe DE representa (61,3%). As
classes AB (60,7%) e 57,2% a classe C. O jantar, que aparece como opção de
lazer para os entrevistados, tem na classe AB o maior percentual (56,4%),
seguido pela C (28,7%) e C (23,1%). Para o café da manhã, as classes DE têm o
percentual de (16,8%). Na segunda posição, aparecem as classes AB com (16,1%) e
a C com (10,9%).
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
As informações da
pesquisa IBGE-MS fazem um alerta, ou seja, uma em cada três crianças com idade
entre 5 e 9 anos estão acima do peso recomendados pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e MS. No caso dos adolescentes brasileiros, os índices identificam
que, na faixa etária de 10 a 19 anos, houve um salto de 3,7% (1970) para 21,7%
(2009) nos casos de sobrepeso e obesidade.
Foi identificado que
população infanto-juvenil consome pouco feijão, saladas e verduras. Os números
afirmam que 50% dos adolescentes comem fora de casa, e consomem salgados
(industrializados, fritos ou assados), pizza, refrigerante e batata frita. Dos
números, “o consumo de biscoitos recheados foi 4 (quatro) vezes maior entre
adolescentes. Já nos sanduíches, os adolescentes e jovens adultos consomem duas
vezes mais que os adultos e idosos”, cita o documento.
A CONSCIÊNCIA DA OPÇÃO SAUDÁVEL
Os dados do IBGE/MS dão conta de um desafio nos hábitos
alimentares saudáveis fora de casa. A
conscientização centrada na boa educação alimentar deve ser uma atitude
permanente, contribuindo para a qualidade de vida de todos nós.
Em relação às crianças
e aos adolescentes, os profissionais de nutrição, ligado à alimentação escolar,
têm papel fundamental ao desenvolver ações de conscientização pelos hábitos
saudáveis junto aos estudantes, pais, trabalhadores da educação e população em
geral.
(*) Antônio Coquito é Jornalista Profissional MG06239JP,
Especialista em Marketing e Comunicação com Ênfase Temáticas Sociais, Cidadania
e Direitos Humanos, Políticas Públicas, Desenvolvimento Sustentável e
Responsabilidade Socioambiental
A gastronomia sustentável é uma novidade que chegou ao Brasil para ficar. Já são vários os empresários do setor de buffet e restaurante que mudaram sua rotina para entrar nesta “onda verde” e conquistar os clientes adeptos a esta prática. Para fazer parte deste grupo seleto é preciso, antes de mais nada, modificar alguns hábitos na rotina da sua empresa. O Catering.com.br foi buscar as principais dicas para você aplicar no seu dia a dia profissional.
Guardar todo o óleo utilizado na cozinha em um recipiente para que, posteriormente, esse seja transformado em biodiesel.
Utilizar alimentos de origem orgânica.
Reduzir o consumo de água na hora de preparar os pratos.
Adotar uma postura de consumo energético responsável.
Utilizar fudamentalmente frutas e verduras da época.
E por que essas regras devem ser seguidas por quem deseja praticar uma gastronomia sustentável? No Brasil a quantidade de alimento desperdiçado é preocupante. O setor de bares, restaurantes e buffets normalmente gera muitos desperdícios, fato que é agravado se a empresa não participa de uma rede de reaproveitamento. Por isso, nesta nova tendência, os cozinheirosdevem utilizar 100% dos produtos, reduzindo ao máximo o que vai para o lixo.
Fundamental para que a sua empresa seja sustentável é a aquisição e uso de aparelhos eficientes no consumo (energético, água, etc.). Evidentemente, se você necessita substituir os atuais, é indispensável um investimento inicial. A boa notícia é que o capital será amortizado pela economia nas contas de luz e água. Tão importante quanto os novos equipamentos é a mudança de hábitos, de todos aqueles que constituem a empresa.
Já pensou em reaproveitar a água da chuva? Em modificar o ambiente de trabalho e a cozinha para ter mais luz natural? Fazer a coleta seletiva? Pequenas atitudes como estas são benéficas para o planeta e para o seu bolso. As empresas que escolheram este caminho afirmam que gastam 50% menos em relação às “tradicionais”.
Fidelização
A cada dia, a gastronomia sustentável atrai mais adeptos. Os empresários do setor que já aderiram à "onda verde" garantem que o consumidor final aprova a atitude corporativa e responde com a fidelização. Tudo ainda está em fase embrionária, mas já é possível encontrar cursos que ensinam receitas, as formas mais adequadas de cozinhar os alimentos, receitas para evitar o desperdício e muito mais.
Aproveite o momento e renove seu buffet. Inclua um cardápio sustentável e saia na frente.
Segundo a Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a lavagem dos alimentos apenas contribui para a que uma parte dos agrotóxicos seja retirada, masnão resolve o problemapor completo.
A explicação está nos tipos de ação. Os chamados sistêmicos são absorvidos e circulam pelos tecidos vegetais – dessa forma, a distribuição é uniforme e o tempo de ação é maior. De acordo com a Empraba, a movimentação do produto dentro das plantas “permite agir em locais dificilmente alcançáveis pelos produtos de contato”. Este é o segundo tipo, quando o agrotóxico age externamente, por contato mesmo. Ainda assim, alguns podem entrar nos alimentos por meio de porosidades.
Uma boa lavagem remove parte dos resíduos que estão na superfície. Mas os que foram absorvidos continuam lá e são ingeridos junto com o morango, a maça, a cenoura, a beringela…
O que pode ser feito?
- Escolha alimentos certificados, cujos produtores se comprometam com boas práticas agrícolas;
- Procure comprar os alimentos sempre na safra, pois se usa menos pesticidas, agrotóxicos e fungicidas nessa época;
- Procure saber a origem das verduras e frutas que você compra no supermercado;
- Quando possível, dê preferência às opções orgânicas, que não usam agrotóxicos, e escolha produtos “da época”, que não precisaram ser conservados por tanto tempo;
- Mesmo que o resultado não seja 100%, lave bem os alimentos. De acordo com a Anvisa, não é comprovado que o uso de água sanitária na lavagem remove resíduos de agrotóxicos. A finalidade é matar agentes microbiológicos que podem estar presentes no alimento (essa higienização deve ser na proporção de uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água). Mas algumas pequisas estão em andamento no uso do bicarbonato de sódio, a lavagem seria na mesma proporção de água sanitária (na proporção de uma colher de sopa de bicarbonato de sódio para um litro de água) deixe agir por 20 a 30 minutos, para reduzir a quantidade de agrotóxico presente no alimento, porém ainda não existem estudos suficientes para comprovar está informação e torná-la uma recomendação.
MAS NÃO CUSTA TENTAR!
Secretaria-Executiva da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Caisan reúne em Brasília 12 universidades parceiras do Sisan
Nesta segunda e terça-feira (6 e 7) a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) realiza, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a “Oficina com as universidades parceiras do Sisan”. Será na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), e terá representantes de 12 instituições de Ensino Superior, da Caisan e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Participam as universidades federais Fluminense (UFF), de Brasília (UnB), da Paraíba (UFPB), do Pará (UFPA), do Paraná (UFPR), Rural do Pernambuco (UFRPE), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), de Santa Catarina (UFSC), do Tocantins (UFT); e as universidades estaduais da Amazônia (UEA), do Ceará (UECE) e Paulista (Unesp).
O objetivo da oficina é pactuar conceitos, metodologias e instrumentais a serem utilizados nos projetos de fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan); e definir estratégias e ações para a formação de uma rede de universidades parcerias do Sisan, com a integração dos atores envolvidos.
Logo após a mesa de abertura, no dia 6, às 9h, o evento terá a palestra Alimentação adequada como um direito: o que exige do Estado Brasileiro. Depois acontece a mesa redonda Conceitos Fundantes: Sisan e educação permanente.
Das 14h às 16h, as universidades irão apresentar o roteiro de seus projetos de fortalecimento ao Sisan. E em seguida, haverá palestra sobre como elaborar e monitorar um Plano de Segurança Alimentar e Nutricional.
O dia 7 está reservado para o compartilhamento de experiências entre as universidades parceiras do Sisan e a construção comum de ações dos projetos das universidades de apoio ao Sistema na perspectiva da educação permanente.
Serviço
Oficina com as universidades parceiras do Sisan
Data: 6 e 7 de outubro, segunda e terça-feira
Horário: a partir das 9h
Local: Esplanada dos Ministérios, Bloco A, Térreo, Auditório. Brasília/DF
Fonte: Caisan Nacional
TV NBr divulga prorrogação do prazo para municípios responderem o Mapeamento de SAN
O programa NBr Notícias veiculou, na última sexta-feira (26), notícia sobre o prazo final para os gestores municipais preencherem as informações do Mapeamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Mapeamento de SAN), que termina no dia 10 de outubro.
Em entrevista, a coordenadora-geral de Apoio ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrícia Chaves Gentil, esclareceu dúvidas sobre como participar do mapeamento.
“O propósito do preenchimento é fortalecer o processo de implantação de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e conhecer a realidade, o desenvolvimento das políticas, os programas de segurança alimentar e nutricional e dos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional como, por exemplo, os restaurantes populares, as cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, mercados públicos, feiras. A ideia é ter um diagnóstico, um retrato de como essas políticas estão sendo implementadas em todos os municípios”, disse Gentil.
Com a iniciativa, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai identificar o gestor responsável pelas ações de segurança alimentar e nutricional no município, diagnosticar as ações e programas dos governos municipais, e mapear os equipamentos públicos e estruturas locais existentes.
Até esta sexta-feira (3), o MDS cadastrou 1812 municípios no sistema. Destes, 953 já preencheram o cadastro totalmente.
Programas na TV NBr e A Voz do Brasil abordam segurança alimentar
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em conjunto com a TV NBr e a Voz do Brasil, está no ar com uma série de matérias relacionadas à segurança alimentar e nutricional.
As pautas, veiculadas semanalmente nos diferentes canais da programação e no informativo diário da Voz do Brasil, tem como objetivo colocar o tema em evidência nas semanas que antecedem o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro.
Confira calendário completo da série e acompanhe na Voz do Brasil (rádio), às 19h, e no NBr Notícias (TV e internet), a partir das 19h30:
29 de setembro a 3 de outubro - Manual do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) traz orientações para alimentação mais adequada, saudável e sustentável: Boa parte dos alimentos adquiridos pelo PAA é destinado a pessoas com insegurança alimentar e nutricional, atendidas pela rede socioassistencial (em média, ao longo dos 10 anos de programa, 20 mil entidades são atendidas anualmente). Por isso sua qualidade é tão importante quanto sua disponibilidade.
6 a 10 de outubro - Cadernos de Educação Alimentar e Nutricional: Os cadernos de Educação Alimentar e Nutricional, lançados pelo MDS, já estão estimulando boas práticas alimentares Brasil a fora.
6 a 10 de outubro - Estratégia do Governo de combate à obesidade: O Brasil, que acaba de sair do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU),enfrenta o desafio de incentivar a alimentação saudável e estimular a produção de alimentos saudáveis. A Estretégia é uma das ações de Educação Alimentar e Nutricional do MDS que demonstra de que forma o governo federal atua, de maneira prática, no combate à obesidade.
13 a 17 de outubro - Importância dos alimentos orgânicos e agroecológicos: Na semana do Dia Mundial da Alimentação, o programa irá estimular a escolha de produtos agroecológicos e destacar as ações do governo federal neste sentido.
13 a 17 de outubro – Planos de Segurança Alimentar e Nutricional: o programa irá explicar como é elaborado e para que serve. Irá mostrar, na prática, a importância de ter um Plano de Segurança Alimentar e Nutricional, e assim estimular os municípios à adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A adesão é voluntária e a meta do governo é formalizar a adesão de 200 municípios até o final do ano.
Fonte: Rede de Comunicação da Sesan, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Manual do PAA orienta rede de assistência social sobre alimentação saudável
Informações para armazenar e preparar alimentos e também para estimular o consumo de frutas e vegetais da época são algumas das dicas do Manual de Orientação para a Oferta de Alimentação Adequada e Saudável, ou simplesmente Manual do PAA. Se há dez anos, no início do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o objetivo era promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar, agora o desafio é também incentivar a população a ter uma alimentação adequada e equilibrada.
O Manual de Orientação para Oferta de Alimentação Adequada e Saudável é voltado aos profissionais das instituições que recebem e preparam os alimentos servidos em mais de 6 mil instituições socioassistenciais em todo o país. O número representa 53% das organizações que recebem alimentos do PAA.
A publicação apresenta um conjunto de orientações para incentivar os profissionais a identificarem a produção dos agricultores familiares da região e a forma como ela pode contribuir para a diversificação dos cardápios e da produção local.
“Queremos aproveitar todo o potencial da agricultura familiar, que tem produtos locais, diversificados e de alta qualidade nutricional”, explica o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.
“É um instrumento que temos em um país que está virando a página da fome de um lado, mas que tem um enorme desafio de outro, que é enfrentar o sobrepeso, a obesidade e as doenças decorrentes da má alimentação. Para isso, uma dieta com alimentos saudáveis é fundamental.”
O manual é uma ferramenta importante para orientar as ações das prefeituras e dos governos estaduais, que executam o PAA. “Com as dicas do manual, municípios e estados poderão melhorar a relação entre os agricultores familiares e sua produção e os alimentos que são destinados às entidades”, observa o coordenador geral de Articulação Federativa para o Abastecimento Alimentar do MDS, Fernando Brutto.
De acordo com ele, com o apoio técnico as instituições podem aumentar a qualidade e a diversidade dos alimentos oferecidos ao público da assistência social, incentivando a educação alimentar.
Boas práticas – Além da elaboração de cardápios e acondicionamento dos alimentos para garantir suas qualidades nutritivas, o manual também mostra exemplos de mapeamento da época de colheita da produção para que os cardápios possam ser organizados de forma a respeitar e incentivar a cultura local.
Orientações de como organizar a quantidade de alimentos necessária para refeições adequadas e de acordo com cada faixa etária também são encontradas no manual.
Cadernos – Seguindo a mesma direção do estímulo à alimentação adequada e saudável, em agosto deste ano, o MDS lançou dois Cadernos de Educação Alimentar e Nutricional, voltados à rede socioassistencial. Os cadernos apresentam conteúdo para subsidiar o trabalho dos profissionais e sugerem um conjunto de atividades lúdicas, pedagógicas e culturais com o objetivo de discutir e estimular boas práticas alimentares a partir da experiência de cada um.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Agricultores familiares podem participar de feira internacional de orgânicos
Empreendimentos da agricultura familiar brasileira podem participar do Estande Brasil na Feira BioFach - maior feira internacional de negócios do setor orgânico, que recebe, em média, 30 mil visitantes a cada edição. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vai coordenar a participação de empreendimentos coletivos da agricultura familiar (dos agricultores e agricultoras familiares) no evento. As inscrições para a seleção estão abertas até 19 de outubro.
A Biofach será realizada de 11 a 14 de fevereiro de 2015 na cidade de Nuremberg, na Alemanha. Os expositores poderão promover degustações, agendar visitas, encontrar fornecedores e compradores de produtos orgânicos certificados, além de conhecer novas tecnologias e realizar negócios. Não haverá venda direta.
Os interessados devem preencher o formulário e enviar para aipc@mda.gov.br. A iniciativa faz parte da Chamada Pública para seleção de expositores para o Estande Brasil. O objetivo é selecionar 11 empreendimentos da agricultura familiar com produtos com certificação orgânica internacional. As condições para participar e mais informações se encontram na Chamada.
A participação desses empreendimentos é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Embaixada do Brasil em Berlim. Esta é a décima primeira vez que o MDA leva a agricultura familiar ao pavilhão do Brasil, que terá 112m².
Estados e municípios recebem R$ 413 milhões para alimentação escolar
Estados, municípios e o Distrito Federal podem contar a partir desta sexta-feira (3) com os recursos da oitava parcela de 2014 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassou R$ 413,8 milhões aos entes federativos na última quarta-feira, 1º de outubro. O montante transferido para cada estado e município pode ser conferido no portal eletrônico do FNDE (www.fnde.gov.br), em Liberação de recursos.
Este ano, o orçamento do Pnae é de R$ 3,6 bilhões, para beneficiar 43 milhões de alunos da educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos). O dinheiro é transferido em 10 parcelas mensais, para atender 200 dias letivos no ano, e deve ser utilizado na aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar, sendo 30% empregados na compra direta de produtos da agricultura familiar.
Transporte – O FNDE também transferiu, nesta semana, a sétima parcela de 2014 do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). Os recursos (R$ 63 milhões) já estão disponíveis nas contas dos beneficiários.
Os repasses do transporte escolar são feitos em nove parcelas a estados e municípios com estudantes da educação básica residentes na zona rural. A transferência é automática, sem necessidade de convênio, e o recurso deve ser utilizado no custeio de despesas diversas, como consertos mecânicos, compra de combustível ou terceirização do serviço de transporte escolar. O orçamento do programa para este ano é de R$ 644 milhões.
Fonte: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação